segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Por uma ANTICANDIDATURA ao CAAR



O adjetivo “egrégia” significa 1.Alta corte e os juízes que dela fazem parte; 2.Notável, eminente, admirável; 3.Distinto, insigne, célebre, ilustre.
Infelizmente, muitos integrantes da nossa Faculdade de Direito – estudantes e professores – incorporam o significado desta palavra e a faz estar presente no nosso dia a dia. Assim, nós nos acostumamos a atitudes que fogem ao senso de realidade. Faz algum sentido prestar reverência a um desembargador, juiz ou advogado dentro de um ambiente acadêmico que se pretende de cooperação pelo conhecimento? As aulas são realmente boas, por parte desses desembargadores, juízes, advogados? Quantos deles leram um livro de pedagogia? Ou pesquisar questões de concurso já resolvem a didática? Como disse uma faixa na frente da nossa faculdade, estamos mais próximo da mediocridade que de qualquer exemplo “admirável” à sociedade.
Não há qualquer democracia na nossa Faculdade. Não há cargo que não seja eleito por carta marcada. Não há concurso de professor que não tenha os seus “preferidos”. Não há professor que se atreva a transpor as barreiras da mediocridade sem correr o risco de “comprar briga”, sempre indesejável no meio jurídico. E os estudantes? O máximo de mobilização dos estudantes é por preferência de professor em detrimento a outro, em uma cadeira específica. Pouco importa o quanto a universidade pública está sendo notável, eminente, admirável à sociedade que a financia. Paridade? Igualdade no voto dentro dos conselhos e departamentos entre professores, estudantes e funcionários? Isso é fora da lei e a anti-democracia está para sempre positivada.
Em 1973, Ulysses Guimarães percorreu o Brasil com sua anti-candidatura à Presidência da República, com o objetivo de divulgar idéias à população, sem chance alguma de vitória. Nossa anti-chapa às eleições do CAAR tem a mesma intenção. Não é preciso um cargo para você fazer a diferença. Ninguém melhor que você mesmo para se fazer representar, em uma Faculdade que muda muito pouco, com ou sem representação, há 110 anos.  Ter uma representação não é ficar parado e esperar que façam por você – faça você mesmo!
Queremos uma anti-egrégia faculdade! Uma faculdade que tenha humildade, respeito e tenha a justiça em primeiro lugar.

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